Venise - Travel guide

Se vocês me acompanham pelo Instagram (aqui) sabem que neste fim-de-semana passado, estive em Veneza para assitir ao início do Carnaval. Era algo que eu sonhava fazer desde há uns anos e que consegui agora concretizar.

Na verdade, este fim-de-semana em Veneza já foi planeado há imenso tempo no segredo dos deuses porque foi uma surpresa para a namorada de um amigo nosso. A pedido dele, tratámos de toda a organização da viagem e até chegarmos mais ou menos a Milão, ela ainda não sabia para onde íamos. Fomos cúmplices de um gesto muito carinhoso e apaixonado e não podíamos (eu e o meu homem) estar mais felizes por termos feito parte desta surpresa que culminou num romantíssimo pedido de casamento. Eu que sou um coração frio, fiquei com uma lágimazita no canto do olho. Mas, tratou-se de um  lindo momento íntimo e eu não vou entrar nos detalhes por isso vamos avançar no assunto.

Depois de Nova Iorque, Veneza era onde eu queria mesmo ir. Assim que a oportunidade se colocou à nossa frente, metemos mãos à internet e começámos a organizar tudo. Tendo em conta o destino que é, aconselho-vos a organizarem a viagem com alguma antecedência caso contrario arriscam-se a só ter uma espelunca qualquer disponível para dormir e para evitarem os preços super inflaccionados de última hora.

Neste post, vou mostrar-vos o hotel que escolhemos e falar-vos um pouco sobre ele. Vou deixar-vos também umas dicas de restaurantes onde comemos bem e falar-vos sobre essa questão tão pertinente que é "Como é que um pessoa se desloca em Veneza?".

Hotel - Ai Mori D'oriente

Escolhemos um hotel 4*, vocês sabem que eu não fico em qualquer lado, por isso escolhi um hotel que estivesse dentro do nosso orçamento mas que ao mesmo tempo fosse bonito, confortável e limpinho. Depois de muita procura, o Ai Mori D'oriente, pareceu-me ser uma escolha acertada e não estava errada.

Desde a chegada ao hotel, não é díficil perceber a influência árabe naquele sítio. Na verdade, todo o hotel foi concebido segundo directivas de decoração e influência árabe. Desde o design das camas, à concepção das casas de banho, podemos constatar essa influência no hotel. Mas tudo feito em extremo bom gosto e muito requintado, o que dá ao hotel um charme absoluto.

O pequeno-almoço é muito variado e completo, os funcionários simpáticos (capazes de falar três línguas ao mesmo tempo para se fazerem compreender), os quartos são espaçosos e com bastantes arrumos.

Talvez a única coisa menos boa a apontar seja o facto de estar longe dos pontos importantes de turismo como a Praça de San Marco, mas nem mesmo isso penso que seja negativo, porque a ver bem, chegávamos ao centro em 20 minutos a pé e pelo caminho iamos vendo coisas lindas.

Onde comer

Em Veneza há muito por onde escolher. Querem agarrar uma fatia de pizza e sentar na margem de um dos canais a comer tranquilamente? Não há problema nenhum, há imensas casas de take away e por isso podem fazer à vontade. Querem um restaurante tranquilo onde possam sentar e descansar as perninhas enquanto deitam abaixo uma boa de uma lasanha? Também podem que o que não falta em Veneza são restaurantes e com os mais variados estilos de comida. Não se surpreendam com serviços longos e com empregados de mesa ligeiramente perdidos porque acho que é um problema geral de Veneza. Dos quatro restaurantes onde fomos, em todos sem excepção, o serviço foi mau mas a comida foi geralmente boa e por isso não me queixo muito.

Deixo-vos o nome de três ds restaurantes onde estivemos e comemos bem:

• Ristorante Alla Conchiglia
• Trattoria Ai do Fradei
• Ristorante Spéranza

Ristorante Alla Conchiglia

Também parámos uma vez para beber uns cappucinos e um latte macchiato num cafézinho bem simpático, o café Venezia.

Transportes

O último ponto aqui da nossa conversa, mas provavelmente o mais importante para quem vai para Veneza, é perceber como funcionam os transportes por lá. Para começar, se vão para lá de carro, devem saber que mal se cruza a ponte de ligação a Veneza, há um parque de estacionamento (extremamente caro) onde se pode (e deve-se) deixar a viatura durante a estadia. Escusam de pensar entrar com o carrito pelo meio da cidade porque é coisa impossível. É estacionar ali e acabou-se a viatura por uns dias. Depois podem andar muito a pé mas arranjem um bom GPS ou um mapa para se orientarem que andar por lá não é fácil. Existem mais de 400 pontes que ligam as mais de 130 ilhas que compõem Veneza. É estilo labirinto, mais bonito e interessante, mas com igual risco de se perderem e nunca mais encontrarem saída.

Além de andar a pé, há, como é óbvio, a opção barco e dentro desta opção temos várias opções. O barco "autocarro" que parece mesmo o 94 que vai para o Bolhão sempre apinhado de gente, mas que é baratuxo e vai para todo o lado. Muito jeitoso para andar de um lado para o outro sem gastar a perninha e sem pagar muito por isso.

Depois há a opção barco Táxi, que são aqueles barcos pequenos, que estão ali disponíveis a toda a hora e que nos levam exactamente para onde desejámos ir, mas que também nos cobram os olhos da cara. Prático mas a preços absurdos. Usámos na noite em que chegámos porque ainda não nos tinhamos introsado com o sistema Veneziano mas não voltámos a cometer a asneira.

Depois há também a gôndola que, por um preço ainda mais elevado que o táxi, vos leva a dar um passeio pela cidade. Apesar de ser mais caro, aconselho vivamente a terem esta experiência mas sobre ela falarei noutro post.

Tudo em Veneza se faz através de barcos, a polícia tem barco, os bombeiros têm barco, as ambulâncias são barcos e até os lixeiros andam de barco. Por isso, se não gostam de um bom passeio de barquinho, podem começar por tirar Veneza da vossa lista de sítios a visitar.

Gondolas tradicionais

Barco Táxi

Ainda tenho muito mais para vos mostrar de Veneza, ainda vou escrever sobre o Carnaval (ai o Carnaval!!), e sobre a cidade em si! Hoje foi só para informações práticas mas muito importantes!