Salon du Champagne - As historia por detrás do Champagne

A semana passada tive o grande prazer de ser convidada do Salon du Champagne que foi organizado pela empresa Wiine.me e que decorreu num dos melhores hotéis de Genebra, o Grand Hôtel Kempinski , e hoje venho contar-vos um bocadinho sobre este evento que me surpreendeu bastante.

Quando recebi o convite da parte do hôtel Kempinski, confesso que fiquei bastante contente. Se vocês ainda não sabem eu vou contar-vos, eu sou formada em hotelaria e restauração e durante toda a minha vida estive ligada à área. Durante anos fui barmaid num bar e adorei a experiência, se não tivesse filhos, ainda hoje trabalharia por lá. Há quem ache que trabalhar atrás de um bar é uma falta de opção mas eu acho que é uma arte e tenho imenso respeito por quem o faz. Talvez por essa mesma razão eu tenha ficado tão contente por ter sido convidada. 

Mas confesso que por outro lado, eu não sou especialista em champagne e portanto não estava certa de que iria verdadeiramente aproveitar este evento.  Pelo menos confirma-se uma coisa, depois de ter provado uns 30 champagnes diferentes, continuo a não perceber muito do assunto. Chapéu a quem consegue perceber e decifrar tantos ingredientes e sentidos num único bochecho de champagne. Eu acho que para conseguir o mesmo tinha que acabar com uma garrafa inteira, mas era capaz de nem me segurar em pé quanto mais decifrar o desempenho de uma colheita de champagne. Enfim, cada macaco no seu galho. 

Mas eu posso não perceber muito de champagne mas percebo de uma coisa que se chama "socializar" ou interagir como preferirem. E foi nesta vertente da socialização que mais me surpreendeu este salão. Entre as inúmeras marcas que se apresentaram no salão e com as quais pude conversar e "tagarelar", destacaram-se quatro pelo conceito e pela história que carregam ou que estão a criar. Não vos vou maçar a contar tudo em pormenor mas quero apresentar-vos essas histórias de maneira muito resumida porque acho que é fabuloso descobrir o que está por detrás das marcas.

Veuve Clicquot - Pequena tradução, veuve significa viúva em francês o que quer dizer que este champagne se chama Viúva Clicquot e querem saber porquê? Porque em 1805 o Sr. François Clicquot, seu marido, faleceu deixando a sua marca de champagne para a sua esposa, Madame Clicquot. Esta mulher tornou-se numa das primeiras mulheres empreendedoras e de sucesso, numa época em que as mulheres poucos direitos tinham e pouco se destacavam. Ficou conhecida como  a Veuve Clicquot - "La Grande Dame de la Champagne".

Ataïr - Ora esta marca, como vocês podem perceber pelas fotos, é uma marca dedicada ao amor. Na verdade, esta marca inspirou-se na lenda chinesa de Altair e Vega que deu origem ao dia de S. Valentim. Se vocês não conhecem a lenda, vale a pena ler a história. Mas aqui o que importa, é que tal como Altair e Vega, também este champagne é completamente dedicado ao amor intenso e em todas as suas formas.

La Comtesse A - Mais uma história fascinante de uma mulher que não querendo ser apenas mais uma na história da sua família (Anaïs é a sexta geração), optou por criar a sua própria marca de champagne. Uma marca muito feita à sua imagem e à medida daquilo que ela imaginou e projectou para conciliar o savoir-faire da sua família com a sua criatividade. Uma marca muito feminina, muito dedicada aos detalhes, basta olharem para as garrafas para perceberem que o logo da marca é um vestido e que tudo é pensado ao pormenor. Uma marca que apesar de jovem já arranca prémios no mundo do champagne!

Espero que tenham gostado desta pequena descoberta do mundo do champagne!