Jan 9, 2016

O meu glossário maquilhagem #1

 
A maquilhagem é um meio muito técnico e os termos são muito específicos. Quem é que sabe o que é o côncavo? Quem é que sabe o que é esfumar? Será que ela vai utilizar uma nova técnica com fumos é isso? Pois, eu sei que há certas coisas complicadas e que nem sempre existe uma explicação para tudo e por isso decidi ajudar-vos. Também sei que em muitas situações são usados os estrangeirismos, ou seja, palavras de outra língua que são adoptadas pela nossa língua para determinar algo. E também sei que por vezes nas embalagens dos produtos a descrição não vem em português mas sim em inglês ou francês. E por tudo isto, estrangeirismos, termos técnicos e termos completamente alheios ao nosso português, decidi criar este glossário de maquilhagem. Aqui vou pôr tudo às claras e sobretudo tudo em português. Traduzirei os termos mais usados do francês e do inglês e darei uma explicação/definição para tudo. Não quero leitores com dúvidas.
 
Até aos meus 18 anos, eu não pescava patavina de francês. Se no inglês ainda dava uns toques e me safava mais ou menos bem, no francês a coisa não se passava assim tão bem. Ironicamente, aos 18 anos, acabei por emigrar para a Suiça onde se fala o quê? Francês, claro. Tinha logo que ser num país onde se fala o raio do francês. Foram meses de deriva, de "não percebi metade (ou nada) daquilo que me disseste", de palavras desconhecidas, de total incompreensão. Só comecei a dominar o bicho quando fui para a escola que é destinada aos jovens imigrantes que aqui chegam. Claro que agora estou familiarizada com o vocabulário da área da maquilhagem porque fiz questão de aprender as palavrinhas todas.
 
Hoje deixo-vos a primeira palavra, que a meu entender, é possivelmente das mais conhecidas no mundo inteiro e que foi também uma das primeiras formas de maquilhagem no história do humanidade. 
 
 
 
Aqui está. O rouge à lèvres é uma expressão de origem francesa, e que traduzida à letra significa, "vermelho para lábios". Claro que a tradução não é bem esta. Estamos a falar do tradicional batom, que pode ser de qualquer cor, não tem de ser especificamente vermelho. Os franceses escolheram complicar a vida a meter-lhe cores, mas a verdade é que o vermelho não serve para determinar nada. Dizer rouge à lèvres é o mesmo que dizer batom. Costuma ver-se bastante esta palavra em certas embalagens porque é praticamente mundial. Em inglês temos o equivalente "lipstick".
 
 
E para quem gosta, e porque a actualidade também se faz daquilo que a história nos deixa como herança, vou maravilhar-vos com algumas curiosidades históricas do rouge à lèvres:
 
Século XVI - O rouge à lèvres começa a tornar-se popular na Inglaterra pela figura da rainha Elizabeth I. O estilo lábios vermelhos em realce de todo um rosto branco, o mais branco possível, começa a dominar a realeza. Na altura o batom era confeccionado por cera de abelha e de óleos vegetais.
 
1900 - Guerlain lança o primeiro rouge à lèvres em forma de bastão (batom)
 
1952 - A marca Revlon lança o famoso rouge à lèvres "Fogo e gelo" e torna-se num sucesso imediato.
 

1994 - François Nars criou NARS, uma gama de doze rouge à lèvres comercializada pela grande loja Barney's em Nova Iorque.
 
Gostaram? Ajudei? Espero que sim. Todas as semanas trarei uma palavra nova para o nosso pequeno glossário. E já sabem, se houver alguma palavrinha a causar-vos comichão digam-me que eu esclareço tudo.


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