Choo love, is true love

 

 

Quem me segue no instagram (se não seguem deviam e não sei do que estão à espera), sabe que tenho uma segunda paixão na vida, os SAPATOS. A primeira grande paixão é sem dúvida a maquilhagem mas logo assim de seguida são os sapatinhos e não vivo sem eles. São a única coisa que me faz perder a cabeça e cometer loucuras. É aquela peça que arrebita os meus looks e o meu moral. Gosto tanto de sapatos que mandei cortar o meu vestido de noiva na frente para que se pudesse ver os sapatos. Aliás, a escolha dos sapatos foi mais importante para mim que a escolha do vestido em si. E no dia do casamento fiz questão de mostrar a todos os meus lindos Jimmy Choo.

 

 

 

Gosto de todo o tipo de sapatos, e gosto sobretudo de variar. Gosto de arriscar nas cores, nos padrões e nos estilos. Tenho uma preferência por sapatos de salto alto e sabrinas fofinhas. Não sou muito fã de botas, devia, mas não sou. Vivendo num país onde faz frio quase o ano inteiro e onde o inverno é passado na neve, devia habituar-me às botas. Se há coisa de três anos não existia sequer um par de botas no meu armário a coisa agora começa a ganhar forma. Já se contam uns parzinhos lá no armário comprados quase por obrigação e depois de me ter espatifado na neve e de ter ficado literalmente com os pés congelados umas 378 vezes.

 

Mas e de quem é que é a culpa desta minha maluqueira? Óbvio, da Carrie Bradshaw do "Sexo e a Cidade". A série começou a passar em Portugal na minha adolescência e acho que segui religiosamente as seis temporadas. Mais do que uma vez. Já vi e revi a série, e até já "obriguei" o meu homem a ver. E ele gostou para espanto meu, apesar de eu achar que ele gostou pela quantidade de mulheres esbeltas que por lá passam, mas pronto, ele diz que é uma série interessante e eu faço de conta que acredito. Também já vi os dois filmes 758 vezes, apesar de gostar menos dos filmes que da série em si. A verdade é que, desde muito cedo, me identifiquei com a Carrie nesta paixão pelos sapatos. O gosto extravagante, a ousadia, a escolha das marcas. Aqueles três criadores de eleição na série, Manolo Blanhik, Jimmy Choo e Christian Louboutin, passaram também a ser os meus criadores de eleição. Na altura, não tinha meios para sustentar um tal vício, mas sempre soube que no dia em que a minha situação financeira o permitisse, iria cometer uma loucura e comprar uns sapatinhos de um destes três senhores. Já conto três pares de Jimmy Choo no armário. Infelizmente, os Manolos não se vendem em muitos lados, mas no dia em que passar por uma loja não me responsabilizo pelos estragos. Quanto aos Louboutin, apesar de existir uma loja na Suiça, não acho que tenha os modelos mais bonitos e aqueles que me deixam mesmo a sonhar ao ponto de querer dar uns bons 900 € sem ficar com a consciência pesada e a carteira vazia.

 

Pois é, à conta das péssimas influências do Sexo e a Cidade, já se contam 87 pares de sapatos no armário. E não tem sido fácil tratar desta logística toda. Ainda a sonho com o dia em que vou ter um closet só para os meus sapatinhos todos mas não se pode pedir tudo.